Confira abaixo a entrevista que o vereador concedeu ao Jornal Câmara Notícias, produzido pela Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de NH e publicada na nona edição do jornal.
Como o senhor ingressou na política?
Matias: Como funcionário público, muitas vezes queria achar uma solução para as demandas da comunidade. Resolvi ser vereador para poder ouvir as reivindicações da população e encaminhá-las da melhor maneira possível. As pessoas também me incentivaram a concorrer a uma vaga no Legislativo. Salvo as limitações do cargo, acredito que na Câmara posso contribuir para a construção de uma cidade melhor.
O senhor tem a saúde e o emprego como principais focos de atuação. Quais são as suas ações nessas áreas?
Matias: Meu slogan de campanha era “Mais saúde, mais emprego”, isso demonstra minha preocupação com essas áreas, que considero fundamentais para a sociedade. Tendo emprego e saúde, o cidadão tem uma vida digna e forças para obter aquilo a que almeja. O governo Tarcísio tem investido em saúde, com a criação da Fundação de Saúde Pública, a construção de diversos postos e da Unidade de Pronto Atendimento de Canudos, uma antiga reivindicação daquela comunidade. Na questão dos empregos, meu gabinete tem pautado diversas ações. Tenho visitado micro e pequenas empresas com o intuito de ouvir as demandas dos empresários e encaminhá-las aos órgãos competentes. Sou favorável a todos os projetos que busquem incentivos a esses empreendedores, pois precisam de apoio para expandir e, assim, gerar mais empregos. A criação de um distrito industrial, uma das minhas propostas de campanha, é fundamental para isso.
Há uma preocupação constante com as questões ambientais. Como é o seu trabalho na área?
Matias: Estar à frente da Comissão de Meio Ambiente, com dois vereadores experientes como o Betinho, PT, e o Carlinhos, PMDB, tem sido muito gratificante. Diversas questões com as quais nos preocupamos estão sendo encaminhadas. Um exemplo é o investimento em tratamento de esgoto, cuja perspectiva é que até o final dessa administração chegue a 80% dos lares hamburguenses. Outra boa notícia é a área que foi recuperada no Lixão da Roselândia. Defendo a ideia de que os municípios não podem arcar sozinhos com os custos da deposição dos resíduos, mas a prefeitura tem feito um ótimo trabalho. Melhorou as condições daqueles que ganham a vida no local, construindo novos galpões de reciclagem. É preciso, no entanto, investir na coleta seletiva.
Qual a sua avaliação do governo Tarcísio?
Matias: O primeiro ano foi de muitas dificuldades, mais voltado para o pagamento das dívidas. Já em 2010, há um série de medidas para melhorar a qualidade de vida das pessoas, com destaque para saúde, educação e limpeza urbana. A perspectiva é de que até o final do mandato todo o plano de governo possa ser executado.
No início do governo, o senhor atuou como secretário da Fazenda. Como foi?
Matias: Apesar do pouco tempo, conseguimos fazer um bom trabalho à frente das finanças do Município, pagando contas atrasadas desde agosto de 2008. Realizamos também um planejamento financeiro para poder honrar futuros débitos. Credito o sucesso do trabalho na secretaria aos funcionários que atuam na pasta e também aos diretores, indicados por mim, e que estão lá até hoje. Foi uma experiência bastante válida, mas desde o início já havia informado o prefeito que queria assumir minha vaga na Câmara.
O senhor foi responsável pela indicação do projeto “porteira para dentro”. Qual o objetivo?
Matias: Procuro desenvolver ações para manter as pessoas que moram na zona rural de Lomba Grande. Essa região, que representa cerca de dois terços da área do Município, é de grande importância. Lá, são produzidos alimentos de qualidade, além da piscicultura e da agropecuária. O projeto visa a atender pequenos produtores que, por falta de acesso às estradas, tinham dificuldades em escoar a produção. Outro ponto importante é a parceria com a Emater, que faz um trabalho de acompanhamento com os agricultores. Como morador de Lomba, conheço os problemas do local. Hoje há mais de 15 mil habitantes. A zona urbana está se expandindo, com muitos loteamentos. Minha maior preocupação é a falta de uma rede de água e esgoto para atender a essa população.
Benefício às mães trabalhadoras
Uma das propostas apresentadas por Matias foi a implantação das creches domiciliares. Por não ser de competência Legislativa, o vereador apresentou a indicação à prefeitura, que prometeu remeter o projeto à Câmara. Segundo o parlamentar, as creches domiciliares são uma alternativa para as famílias de baixa renda, que não têm onde deixar seus filhos. Os pequenos ficariam sob a
responsabilidade das “mães crecheiras” e cada uma delas atenderia de seis a oito crianças. As creches seriam supervisionadas pela Secretaria de Educação. “Precisamos tirar essa proposta do papel. Isso resolveria o problema da falta de vagas nas escolas infantis e teria um custo menor para o Município. Além disso, a creche domiciliar iria regulamentar um serviço que já é prestado informalmente nos bairros”, afirmou.
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